Mes@ de Mulher

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Uma Avó, As Três Marias e a Lua


A lua ainda brilhava no céu, mas o dia já se anunciava no horizonte naqueles tons de vermelho alanjado típico das noites de alto verão.
As meninas, vestidas de lindas ciganinhas desfilavam sua juventude dando volta na praça da cidade acompanhando a banda de carnaval...
Último dia de bailes do pequeno clube daquela cidadezinha. E assim terminavam aqueles dias de carnaval nas cidades pequenas: a banda saindo do pequeno clube e dando volta na praça, exatamente entre 5 e 6 horas da manhã...No raiar da quarta-feira de cinzas.
As três meninas, "bem acompanhadas" e vigiadas delicadamente pela avó de uma delas. Porque era assim...
Ainda cheirando a suor, Coca-cola e lança-perfume retornaram para casa ...As meninas e a avó de uma delas.
Mas aquela noite de fantasias e descobertas ainda não terminara ali...Era sempre assim: ano após ano, sempre alguma novidade, algo novo, inusitado e "mágico" estava por vir naquele finalzinho das férias de verão.
Ha...Se todas as meninas pudessem viver aquilo. Aquele cuidado da Senhora...Aqueles desvelos pelas meninas...duas que não eram suas netas.
Chegando em casa, A bondosa senhora levou-as para a pequena piscina azul...Despidas de suas ciganas, ela as banhava como se banhasse suas filhas...A lua cheia por testemunha....única testemunha daquele momento...Era como se ela as banhasse com a luz da lua...Cujos raios limpavam os últimos traços daquele rito de passagem...Nenhuma palavra...Apenas a sensação de não que eram mais meninas...Eram aquelas Três marias, que junto com a Lua, brilhavam no céu...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Livro: Amor se faz na cozinha de Márcia Frazão


Foi na cozinha que se preparou a atmosfera dos romances que hoje estampam os livros de História, … foi em meio às panelas e ao fogo que os banhos de Cleópatra se tornaram famosos ao longo dos séculos e objeto de desejo de cada mulher do planeta. … Foi na cozinha que se elaborou o filtro de Tristão e Isolda …e foi também lá que se temperou a maçã da Branca de Neve. E por falar nessa maçã, devo dizer que a sua receita foi muito mal entendida pelos livros de histórias, esquecendo-se de que aquela maçã, um fruto reluzente como os lábios de uma virgem, dera juventude eterna à Branca de Neve e, de quebra, um amor que durou para sempre.” Do livro de Márcia Frazão. Amor se faz na cozinha.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Wu Zetian - Imperatriz da China

Primeira e única Imperatriz da China

Wu Zetian, conhecida como a Imperatriz Wu, foi a única mulher na história da China que ocupou o trono imperial. Embora outras mulheres tenham tido influência sobre o poder, com posição de imperatrizes consortes ou regentes, a Imperatriz Wu foi a única que reinou como soberana, chegando a proclamar a sua própria dinastia, a que chamou Zhōu , numa tentativa de que o seu reinado evocasse o esplendor idealizado da antiga dinastia Zhou. Esta nova dinastia interrompeu brevemente a dinastia tang, que seria restaurada após a sua abdicação forçada, poucos meses antes da sua morte.




Seu nome em chinês, Wǔ Zétiān, é uma combinação do seu apelido Wu e do seu nome póstumo Zetian. O seu nome pessoal era Wǔ Zhào , nome que tomou quando se fez com o poder, e para ele que chegou a inventar um caráter, com o fim de ter um nome único. Antes era conhecida com nomes diversos: durante o seu reinado utilizou o nome deShèngshén Huángdì , utilizando o título huángdì atribuído pelo primeiro imperador Oin Shi Huang, e que se traduz simplesmente como "Imperador".



Uma

mulher pretender ocupar o posto de huángdì foi motivo para escandalizar muitos dos intelectuais da época, que viam na subida ao trono de uma mulher uma violação das normas do confucionismo. A Imperatriz Wu tentou calar estas críticas mediante o patrocínio do budismo, promovendo interpretações da doutrina budista que davam legitimidade ao seu reinado.

Nasceu no seio de uma família aristocrática de Shanxi, originária da localidade de Wénshuǐ . O seu pai Wǔ Shìhuo, tinha sido aliado do fundador da dinastia Tang, Li Yuan, que lhe concedeu o título de Duque de Taiyuan , enquanto que a sua mãe, a senhora Yang , com quem Wu Shihuo se tinha casado em segundas núpcias, era da família imperial da dinastia anterior aos Tang, a dinastia Sui.

Sendo menina, entrou no harém do Imperador Tang Taizong, no quinto nível de concubinas. Em 649, o Imperador Taizong faleceu e sucedeu-lhe o seu filho, o Imperador Tang Gaozong. A jovem concubina passaria a formar parte do harém do novo Imperador. Segundo a narrativa tradicional, após a morte do Imperador a jovem Wu teria ingressado num mosteiro budista e, depois, o novo Imperador, atraído pela sua beleza, a teria incorporado no seu harém. Muitos historiadores actuais põem em causa esta versão e é bem mais provável que a jovem Wu não tenha passado nunca pelo mosteiro, mas que após a morte do Imperador Taizong permanecesse no palácio. É provável que antes da morte de Taizong já tenha começado uma relação clandestina com o príncipe herdeiro, o que explicaria essa sua permanência no harém de Gaozong, onde ocupou o posto de concubina de segundo nível. O facto de a jovem Wu ter sido concubina de um pai e um filho era um motivo adicional de escândalo para os moralistas confucianos da época.


De Concumbina a Consorte

A sua presença no harém era vista com bons olhos pela consorte de Gaozong, a Imperatriz Wang , que a via como uma rival da concubina Xiāo Shúfēi , com quem estava em confronto. A ambição e a capacidade de manipulação da concubina Wu, nesta época chamada Wǔ Mèiniáng , levá-la-iam a alcançar a posição de Imperatriz consorte. Em 654, uma filha recém-nascida de Wu foi assassinada, e Wu acusou a concubina Xiao e a Imperatriz Wang do crime. Desta forma, Wu conseguiu ser nomeada Imperatriz consorte e, segundo a tradição, ela mesma se encarregou de torturar até à morte as suas rivais, a concubina Xiao e a Imperatriz Wang. Alguns historiadores chineses apontam que o assassinato da criança teria sido obra da própria Wu para culpar as suas rivais, mas é provável que esta lenda tenha sido difundida pelos seus inimigos.

De Consorte a Soberana

Após a morte do Imperador em 683, foi o seu terceiro filho, o Imperador Tang Zhongzong, que subiu ao trono, mas ao fim de seis semanas, Wu usou o seu poder para o destituir e dar o trono a outro filho seu, o Imperador Tang Ruizong, que, tal como seu irmão, governaria de maneira nominal por um breve período, até que por fim a sua mãe decidiu ratificar publica e oficialmente o seu poder, convertendo-se na primeira e única mulher na história da China que ocupou o trono imperial.

O seu reinado foi caracterizado pela promoção do budismo, convertido em religião oficial em 691, o qual lhe valeu muito apoio popular. Além disso, o budismo se utilizou como elemento de legitimação do seu reinado até ao ponto de que um monge adepto da Imperatriz (e amante também, segundo a lenda) chegou a propor a teoria de que o buda Maytreya, ou buda do porvir, era una mulher. Junto a esta política religiosa, a Imperatriz Wu continuou seu estilo de governo baseado numa forma de despotismo brutal, com purgas e perseguições daqueles que se mostrassem hostis ao seu poder.

Abdicação


Em 20 de fevereiro de 705, já com oitenta anos, não conseguiu evitar que um golpe de estado vingasse, no qual foram executados os seus ministros (e amantes, segundo a lenda), os irmãos Zhang, Zhāng Yìzhī e Zhāng Chāngzōng. A imperatriz foi obrigada a abdicar, e o seu filho, o imperador Zhongzong voltou a subir ao trono, restaurando a dinastia Tang a 3 de março de 705. A anciã Wu morreria poucos meses depois, em Dezembro desse mesmo ano.

Fonte: Wikipedia http://pt.wikipedia.org/wiki/Wu_Zetian


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Brigth: Uma Deusa Pagã e uma Santa Cristã

As semelhanças entre a Santa Brígida e a Deusa Brigith são muitas.
Vamos iniciar falando sobre a Deusa que , historicamente, seria mais antiga.
Hoje é o primeiro dia do mês de Agosto e, segundo a Roda do Ano do calendário celta, comemora-se o Festival de Candlemas ou Imbolc, dedicado a esta Deusa.

A Deusa Brigith, segundo essa tradição, é a Deusa Tripla do Fogo, e assim foi venerada por toda a Bretanha e Europa.

Brigith, também conhecida como Brígida ou Brigid, anuncia a chegada da Primavera, em breve.




Ela é a Deusa do Fogo Sagrado, aquele que aquece os lares, com suas lareiras e prepara os alimentos...é aquele fogo que nutre, que acolhe, que protege...
E também aquele fogo que simboliza o Fogo do Espírito, que nos dá a inspiração....
Por isso, a Deusa é considerada a Deusa dos músicos, dos artistas, dos poetas...É aquela que inspira e nos dá o dom da criatividade...

É também a deusa da cura, do conhecimento das ervas que curam e das fontes milagrosas...Sagradas...Mágicas.
É considerada também, padroeira dos ferreiros e artesãos.

Santa Brígida de Kildare
Como Santa Brigite ou Brígida, ela é a padroeira dos noivos e das mulheres grávidas.
"Santa Brígida de Kildare, convertida por São Patrício, natural da Irlanda, comandou como grã-abadessa, um imenso monastério misto, ou seja, um monastério que admitia homens e mulheres...Algo preocupante para a Igreja Católica. O monastério, fundado por ela, teve início como uma espécie de Martírio Verde, embaixo de um frondoso carvalho, árvore sagrada dos druidas, daí a palavra "Kildare", que significa Igreja do Carvalho." (1)
Seu dia é comemorado em 1 de Fevereiro, início da Primavera no Hemisfério Norte e, juntamente com São Patrício e Columba, é considerada Patrona da irlanda.

(1) Livro: Como os Irlandeses salvaram a civilização - Thomas Cahill - pg 192 -

Antiga benção Celta



segunda-feira, 11 de julho de 2011

BIBLIOTECA: VIVA E DINÂMICA


"...A biblioteca é um lugar maravilhoso, muitas vezes secreto, para os que passam distraídos e apressados, mas sempre encantado. Ela está à sua espera, repleta de assuntos interessantes, guardados nos livros, verdadeiros objetos mágicos.

Cada livro é um presente, uma viagem, um talismã, uma aventura que se abre, uma bússola, um mundo de curiosidades, uma ferramenta para os mais variados fins.

Como acontece este encanto, quando ocorre essa magia? Quando lemos e descobrimos o enorme prazer que é ler. No momento que temos um livro nas mãos e esse livro nos pega de jeito...

Aí as horas passam e nem vemos. A leitura apaga as barreiras do tempo. Além disso, o livro costura distâncias. Se num momento, estamos nos arredores da casa, no outro, estamos em um planeta longínquo. A leitura pode nos acompanhar em todos os lugares, pois o livro tem passe livre. E a leitura nos proporciona liberdade. Ler é um instrumento precioso para conhecer e enfrentar a vida. E tornar-se cidadão.

A leitura também é uma fonte de informação. Abrir um jornal ou uma revista é beber de um mar das mais variadas informações que inundam nosso cotidiano, é percorrer as questões e os acontecimentos do mundo em que vivemos.

Então, o que você está esperando? Só depende de você ir à biblioteca. E não esqueça as palavras mágicas: “Abre-te, página”."

Maraney Freire*

* Bibliotecária. Especialista em Literatura Infantil.


domingo, 3 de julho de 2011

Cartas de Helena Roerich - 1 de Março de 1929



A grande época que se aproxima está intimamente ligada à influência da mulher. Como nos melhores dias da humanidade, a época futura oferecerá novamente à mulher seu legítimo lugar, ao lado do seu eterno companheiro, o homem. Deveis lembrar que a grandeza do universo é construída partindo de uma dupla origem. Como, portanto, desprezar, desprezar um de seus elementos?
Todas as misérias atuais e porvindouras, (...) são, na maior parte o resultado da submissão e humilhação da mulher. O assustador declínio da moralidade, as doenças e degenerência de certas nações são, igualmente, o resultado da dependência servil da mulher. Esta é privada do maior privilégio humano: a participação plena no pensamento criador e no trabalho construtivo. É também privada nos direitos iguais ao homem. Não se lhe permite que ela seja capaz de estabelecer a vida social e governamental. Muito embora, pela lei do universo, seja parte integrante dela. Uma escrava feminina não pode dar ao mundo senão escravos. O provérbio "tal mãe, tal filho" tem fundamento cósmico e científico. Como os filhos se assemelham as respectivas mães e as filhas, aos pais, quão grande é a justiça cósmica! Humilhando a mulher, o homem humilha a si próprio! Isso explica a falta de espírito hoje em dia.
Se as duas origens tivessem sido equilibradas, será que existiriam os horrores e crimes que verificamos atualmente? É nas mãos da mulher que repousam a salvação da humanidade e de nosso planeta. A mulher deve conscientizar-se de sua importância, de sua grande missão de Mãe do Mundo.Ela deveria estar pronta para assumir a responsabilidade do destino da humanidade. A mãe, dispensadora da vida, tem todo o direito de dirigir o destino de seus filhos. A voz da mulher- mãe deveria ser ouvida pelos dirigentes da humanidade. É a mãe que sugere a seu filho os primeiros pensamentos conscientes, que dirige suas aspirações e faculdades e lhes desenvolve as necessárias faculdades. Mas a mãe que não tem cultura, pode apenas sugerir as experiências inferiores da natureza humana.
A mulher que busca o saber e a beleza e que tem consciência de sua grande responsabilidade elevará enormemente o nível geral de vida. Não haverá mais lugar para os vícios repugnantes que levam à degenerescência de todo o país.
Procurando educar-se, porém, a mulher não deve se esquecer de que todos os sistemas de educação são apenas meios para desenvolver um conhecimento e uma cultura superiores. A verdadeira cultura do pensamento é desenvolvida pelo cultivo do espírito e do coração.(...)
A mulher ocidental despertou e tem consciência de seus poderes. São evidentes as suas contribuições culturais. A maioria das mulheres ocidentais, no entanto - como todos os principiantes - começa por imitar, embora a verdadeira beleza e verdadeira harmonia sejam encontradas em sua expressão pessoal e original. Será que gostaríamos de ver o homem perder a sua beleza e virilidade? Ele, certamente, não deseja ver a mulher imitar os seus hábitos, competir com seus vícios. A imitação começa sempre com o que é mais fácil. Mas esperamos que essa primeira etapa seja logo vencida e que a mulher se aprofunde mais no conhecimento da natureza maternal e encontre maneira própria de se expressar pessoalmente. (...)
Juntemos as mais belas e heroicas imagens de todos os tempos e de todos os países, e, com imaginação criadora, apliquemos seus efeitos à nossa vida, levando em consideração as particularidades de nossa época. Somente tal imitação poderá oferecer bases para um progresso suplementar. (...)
A Mulher deve defender não apenas seus próprios direitos, mas também o direito do livre-pensamento para toda a humanidade. Pelo desenvolvimento do pensamento é que nossas possibilidades se expandirão. Com os mais puros e amplos pensamentos foi dito: " o reino não é composto de reis ou de súditos, mas é criados pelas idéias..." Criemos nossas cidades, nosso país, nosso planeta! Mas que tais pensamentos sejam oriundos do coração (...) O coração manifesta na vida todas as suas aspirações (...)
Tendes escutado vosso coração? Bate ele de acordo com o ritmo do coração perfeito que vos engloba, por inteiro?
Terminarei com as palavras referentes ao coração: que a mulher reconheça que esse grande símbolo pode transfigurar a vida inteira. Que se esforce por transmutar a vida espiritual da humanidade!
Que a mãe, dispensadora da vida, protetora da vida, se torne igualmente a Mãe, a cabeça, aquela que tudo dá e tudo recebe.

Fonte: “AS GRANDES INICIADAS”, Hélène Bernard, 1987

sábado, 2 de julho de 2011

Relendo Agendas...Julho.


"O sétimo mês é duplamente importante. Ele é o início de uma nova série de meses ( 0 ano é feito de dois blocos de seis meses) e é a expressão da perfeição do ano. Como início de uma nova série, julho é uma espécie de "janeiro" simbólico. Tudo pode acontecer novamente, tudo pode ser esquecido e começar de novo. Como perfeição do ano, ele liga-se ao mistério do número sete. Para os antigos judeus o sete era a perfeição da Natureza e o número da totalidade. Isso faz de julho um m~es especial, ligando-o a Hierarquia Angélica dos Principados. Eles são os protetores das nações, povos e comunidades. Cada localidade, templo ou agrupamento humano possui um guarda invisível e desconhecido. Tudo na natureza está acompanhado, nada está sozinho. O homem pode ser ajudado por essa força suplementar e caminhar mais leve. Os antigos romanos celebravam as Neptunaltas, por volta do dia 23...Os Celtas comemoravam o Lugnasadh na última noite e recordavam a plenitude da vida e a dádiva da saúde. Feliz é quem se deixa proteger pelos Céus!"