Mes@ de Mulher

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quarta-feira, 30 de março de 2011

Mulheres que Fazem a Diferença




Líderes Comunitárias
Mulheres Construindo Comunidades em Meio a Processos de Urbanização Aceleradas
A região do Conleste que inclui os municípios de Itaboraí, Tanguá, Maricá, São Gonçalo, Rio Bonito, Magé, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu,Silva Jardim, Macaé, Niterói, Rio de Janeiro, Nova Friburgo, Teresópolis, está a caminho de receber o maior investimento da história dessa região.
Trata-se de uma refinaria da Petrobrás, cujo núcleo de produção está situado no município de Itaboraí, mas envolve investimentos em obras de infra-estrutura, equipamentos, estradas, acessos e serviços que estarão em todos esses municípios.
O que esses municípios, com características tão próprias têm em comum?
Líderes Comunitárias, mulheres que estão à frente de Centros Sociais, Associação de Moradores, ONGs e outras formas de associativismo social.
São mulheres que atuam diariamente na construção das comunidades, articulando entre os afazeres domésticos, trabalho fora de casa e atuação nas organizações comunitárias... Trabalho árduo que, para elas, não representa duas jornadas de trabalho... MAIS TRÊS....
Essas três jornadas de trabalho as diferenciam e as colocam no topo das pessoas, que, verdadeiramente mais trabalham nesse país.... Muitas delas, também fazem parte de Conselhos... De Saúde, Educação, etc.
São Guerreiras verdadeiramente, “mas não perdem a ternura”....fazem, se expressam, se colocam, participam....da maneira feminina...
Colocam nesses espaços de participação suas almas femininas...
Até mesmo nos detalhes.... nas reuniões...há sempre café, chás, biscoitos, bolos....um vasinho de flores...recebendo quem chega....como numa casa....
A forma de receber também... É carinhosa... Há um: “que bom que você veio”... um abraço...um aperto de mão “feminino”...
Mas... quando é preciso....Vão à luta....nas Conferências...espaços de discussão e deliberativos....se colocam sem destemor, sem medo....
É claro que as “armaduras” dessas Guerreiras são invisíveis....mas se expressam nos detalhes dos seus gestos, nas articulações....no ir e vir....no ouvir.....
O Bom Combate é travado... Às vezes com um olhar se conquista um voto... Pequeninos gestos: sensibilizam.... Discursos: convencem....
São avós, mães, filhas e netas ali.... O trabalho se realiza ali.... Mas na mente está a Comunidade.... Os espaços que elas constroem no dia a dia, dentro das comunidades. A meta, o objetivo principal... O desenvolvimento de suas comunidades... Seus bairros...
Desafio que se amplia, aumenta, se torna complexo, maior, diante das mudanças que já estão ocorrendo nos municípios do Conlest.
Municípios, bairros que irão, ou já estão, em processo de urbanização crescente....
Como exemplo: Macaé, cidade que recebeu em Mega Projeto da Petrobrás e viu sua população crescer desordenadamente...
Em Itaboraí, o movimento de veículos e pessoas aumentou em muito, nos dando a exata medida do aumento da população. E onde estão estes novos moradores? Nos bairros, nas comunidades....
Há urgência em investimentos de infra-estrutura baseados em um Planejamento Participativo, onde a voz das comunidades deve ser ouvida. É imperioso e necessário.... Experiências bem sucedidas em outros Estados, regiões, nos mostram que a participação efetiva das comunidades nos processos de Planejamento é condição básica para resultados que satisfaçam a todos.... E as Mulheres, que são representativas de suas comunidades devem ser ouvidas.
Como diz o ditado: “Quem sabe da quentura da panela é a colher”... panela e colher...do gênero feminino....Nós sabemos o que é melhor para nossos filhos...nossas comunidades.....
E como diz outro ditado “A mão que balança o berço é a mão que move o mundo”. Somos nós, mulheres que influenciamos decivamente os nossos filhos e filhas.... Se queremos comunidades melhores, cidades saudáveis, com qualidade de vida para todos, e uma geração (filhos e netos) também saudáveis (fisica e psicológica)....temos que ouvir...principalmente...quem faz o alimento...e quem balança o berço.
Zuzu Ferreira

Magazine da Dê

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terça-feira, 29 de março de 2011

Feminino e Masculino: Uma nova consciência para o encontro das diferenças. De Rose Marie Muraro

Feminino e Masculino: Uma nova consciência para o encontro das diferenças.

A Revolução Tecnológica e os impactos causados pelos Fenômenos Climáticos e Desastres Ambientais no mundo estão mexendo com a forma de vida das populações...Estamos vivendo literalmente aquilo que Fritjof Capra, trabalha em seu livro O Ponto de Mutação.
Na verdade, estamos entrando "em seu ápice...no seu ponto máximo"...naquilo que, acredito, seja o início para grandes mudanças no viver do mundo, nas formas que se expressam as relações sejam sociais, econômicas, políticas etc...
E agora? Como entender tudo isso? Como perceber e analisar esses grandes vetores de mudanças?
Bom...Eu só posso partir e não poderia ser diferente, das minhas próprias experiências pessoais... Daquilo que chegou para mim, até mesmo porque estava em mim... "E eu também procurava..."
Neste maravilhoso livro Feminino e Masculino, de Rose Marie Muraro e Leonardo Boff encontramos as bases de entendimento e tomada de consciência para esse novo caminho que a Humanidade está vivenciando, estando os seus indivíduos conscientes dela ou não...
Em sua Nota sobre o livro, o editor assinala que os autores "veêm a sexualidade e o gênero como os pontos básicos das mudanças necessárias para um melhor convívio pessoal entre homens e mulheres e para o estabelecimento de uma nova ordem social mais justa, menos violenta e, acima de tudo, solidária" (os grifos são meus).
Analisando a própria capa do livro...A escolha perfeita da tela do pintor Gustav Klint...entramos em contato "visual" e porque não dizer "contato sensível" com essa nova forma de se ver, vivenciar as relações...A capa mostra um homem e uma mulher em ato de carinho terno, abraçados, em meio a um jardim...à natureza os envolve. Não poderia se achar simbologia mais perfeita...
Creio que o ponto central para iniciarmos nossas reflexões e ações seja esse: Homem, Mulher e Natureza. Ou, melhor, me permitam fazê-lo...Vamos tentar...Desejo muito continuar escrevendo aqui...mas preciso ler mais para escrever...Ainda não estou pronta para continuar e aceito sugestões...Beijos.

Itaboraí, 30 de março de 2011...Outono.
Zuzu Ferreira.

Uma Palestra da Rose em 3 vídeos, na sequência no Yo Tube...



segunda-feira, 7 de março de 2011

Aviso da Lua que menstrua - Elisa Lucinda

                                                                  
                                         Aviso da Lua que Menstrua

Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas:
cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço
às vezes parece erva, parece hera
cuidado com essa gente que gera
essa gente que se metamorfoseia
metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidades
e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar
mas é outro lugar, aí é que está:
cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente
que vai cair no mesmo planeta panela.
Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro,
transforma fato em elemento
a tudo refoga, ferve, frita
ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou
é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga
é que falando na "vera"
conheço cada uma, além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela
delicada força quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado
ou sem os devidos cortejos..
Às vezes pela ponte de um beijo
já se alcança a "cidade secreta"
a Atlântida perdida.
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas
cai na condição de ser displicente
diante da própria serpente
Ela é uma cobra de avental
Não despreze a meditação doméstica
É da poeira do cotidiano
que a mulher extrai filosofando
cozinhando, costurando e você chega com a mão no bolso
julgando a arte do almoço: Eca!...
Você que não sabe onde está sua cueca?
Ah, meu cão desejado
tão preocupado em rosnar, ladrar e latir
então esquece de morder devagar
esquece de saber curtir, dividir.
E aí quando quer agredir
chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca?
O que você tem eu vou dizer e não se queixe:
VACA é sua mãe. De leite.
Vaca e galinha...
ora, não ofende. Enaltece, elogia:
comparando rainha com rainha
óvulo, ovo e leite
pensando que está agredindo
que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo!
Autora: Elisa Lucinda